Sissi na sua

2000

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Abertura

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Abertura

Todo mundo tem um mapa.
Mapa, que mapa… eu estou à deriva, à deriva…
Alguns são feitos à caneta,
Outros cravados a ferro e fogo.
E outros são quase transparentes.
Não enxergo um palmo à frente do nariz…
tudo é muito escuro, uma escuridão, um breu!
Há também aqueles que são como as linhas das mãos,
Acho que o mapa de Síssi é assim.
Síssi, síssi, que síssi – lá vem você com essa história de síssi, síssi
Ela nasceu com a mão esquerda para ser imutável,
E a direita em eterna insconstância.
Haaha, quer apostar, quer apostar, quer apostar?

Pierrot

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Pierrot

Sim, eu resolvi me ausentar
Para ocultar a minha dor
Fugi, menti
Talvez por pudor

Desde então tanta coisa aconteceu
Que eu parei pra melhor pensar:
Voltei pra te dizer o quanto eu senti
Não te beijar

E a vida segue, sempre nesse vai e vem
Que não passa das ondas do amor
Gira, roda
Como um pierrot

Eis que um dia aquela bela casa cai
E não há mais como negar:
Voltei pra te dizer que aqui no meu Brasil
Outra flor não há

Aqui: cada cidade é uma ilha, sem laços, traços, sem trilha
E o medo a nos rodear
Então: bem-vindos à minha terra feita de homens em guerra
E outros loucos pra amar

E tem sido assim, desde que o mundo é mundo
Os homens temem a paixão
Ela fere, ela mata
Tal qual um dragão

Enfrentar ainda causa tanto medo
Mas fugir é bem pior:
Voltei pra te dizer que nessa guerra
Não há vencedor

Aqui: cada cidade é um porto, disse o poeta prum broto
Que não queria arriscar
Vem, bem-vindo à minha terra, feita de homens em guerra
E um outro louco pra amar

Arquivo 2

Arquivo 2

Arquivo 2

O brilho dos faróis
Me leva àquele hotel
Como num Dali. o quarto derreteu.
4:25, sobraram os copos e eu

Eu entendi muito bem o que você disse
Não houve engano algum
Nossa, você foi tão clara
Suas palavras ainda fervem na minha mente
E seu fogo ainda queima o coração

Acreditar. não posso acreditar
Como alguém tão livre se deixa escravizar
Desistir, como se fosse só deletar

Não houve engano algum
Eu entendi muito bem o que você disse
Não houve engano algum
Absolutamente, você foi tão clara
Suas palavras ainda ardem na memória
E aquele fogo ainda queima o coração

Outro dia quente, o mar envolve sem
Apagar dos olhos o brilho de quem tem
Um arquivo do passado e a fome do que ainda vem

Olha, o que tá dito, tá dito
E o que foi feito também
Mas certas coisas
Nem as palavras podem apagar
Nem o tempo, nem o fogo, nem a fome, nem o corpo, nem a alma
Nem as ondas, nem as praias, nem o mar
Nem o mar

Deixa estar

Deixa estar

Deixa estar

Deixe estar vai passar
Com sorte
Tudo, tudo vai ser breve
Essa angústia no seu peito
E no meio
Essa falta ardendo em minha pele

Porque nós dois nos cruzamos
Com pressa demais
E foi tudo intenso e veloz
Nos amamos, meu bem
Só que em pistas opostas
E tão sós

Mas deixe estar, deixe estar
Vai sarar
Com sorte
Quase sem deixar saudade
O repente de um mergulho
Bem no meio
Da represa da felicidade

Mas se você resistir
E teimar e fugir
Não se assuste se tudo enguiçar
A engrenagem do amor pode ser traiçoeira
E vingar

À meia-voz

A Meia Voz

À meia-voz

Me diz o que é que foi
Pra você se magoar assim
Confessa aqui pra mim
Me diz onde é que dói
Será que ainda vou ser
Seu ninho de prazer?
Melhor pagar pra ver…

Me diz o que é que eu fiz
Pra te fazer infeliz assim
Soletra aqui pra mim
Me diz à meia-voz
Prometo não contar
Promessas não dão mais…
Confessa e sela a paz

Meu bem não lhe darei
Um céu sem dor nem lei
Mas aceite esta canção
Que fiz pra te alegrar
Debaixo desse véu
Assim à meia-luz
Só há você e eu…

O Solo da Paixão

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O Solo da Paixão

O solo da paixão não dura mais que um dia
Antes de tudo se afundar
Não mais que essa noite
Ou essa noite e um dia
E o clarão da noite na hora antes de amargar
Mas num dia solar eu vou lhe entregar tudo:
Minha paz na terra, o meu céu e o meu mar
Vá! Seqüestre tudo num dia
Será que um dia vicia?
Mas depois devolva tudo onde eu ainda possa achar
Pois o solo da paixão dura exatamente esse dia
Um dia só sem par
O suco, a polpa
O frêmito, a gota
Colherei esse dia na hora antes de acordar

Pessoa

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Pessoa

Olhar você e não saber
Que você é a pessoa mais linda do mundo
Eu queria alguém lá no fundo do coração
Ganhar você e não querer
É porque eu não quero que nada aconteça
Deve ser porque eu não ando bem da cabeça
Ou eu já cansei de acreditar

O meu medo é uma coisa assim
Que corre por fora, entra, vai e volta sem sair
Não
Não tente me fazer feliz
Eu sei que o amor é bom demais
Mas dói demais sentir

Ganhar você e não querer
É porque eu não quero que nada aconteça
Deve ser porque eu não ando bem da cabeça
Ou eu já cansei de acreditar
Ou eu já dancei

O meu medo é uma coisa assim
Que corre por fora, entra, vai e volta sem sair
Não
Não tente me fazer feliz
Eu sei que o amor é bom demais
Mas dói demais sentir

Na minha mão

Na minha mão

Na minha mão

Se você pensa que eu não sou
Aquilo tudo que sonhou
Pois saiba que dói mais em mim
Saber você tão tola assim

O fato é que eu já comecei
A olhar em outra direção
Se todo mundo é mesmo gay
O mundo está na minha mão

Coração, coragem, pra qualquer viagem, pra qualquer sermão
Não deixe as roupas que eu rasguei te encobrirem de razão

Se você pensa que eu não sei
O tanto o quanto eu te ensinei
Pois saiba que só mesmo o amor
Pra te cegar como cegou

O fato é que eu já constatei
Nem tudo é mão ou contramão
Nosso desejo não tem lei
E o resto é pura ilusão

Coração, coragem, pra qualquer viagem, pra qualquer sermão
Não deixe as roupas que eu rasguei te encobrirem de razão

E o mundo gira devagar
E eu a frente dele a mil
Um dia eu vou te reencontrar
E te explicar o que feriu

Sua (Instrumental)

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Sua (Instrumental)

Nem luxo, nem lixo

Nem luxo nem lixo

Nem luxo, nem lixo

Como vai você
Assim como eu
Uma pessoa comum
Um filho de Deus
Nessa canoa furada
Remando contra a maré
Não acredito em nada, não
Até duvido da fé

Não quero luxo, nem lixo
Meu sonho é ser imortal, meu amor
Não quero luxo, nem lixo
Quero saúde pra gozar no final

 

Acontecimentos

Acontecimentos

Acontecimentos

Eu espero
Acontecimentos
Só que quando anoitece
É festa no outro apartamento

Todo amor
Vale o quanto brilha
E aí
O meu ainda brilhava
E brilha de joia e de fantasia

O que que há com nós dois, amor?
Me responda depois
Me diz por onde você me prende
Por onde foge
E o que pretende de mim

Era fácil
Nem dá pra esquecer
E eu nem sabia
Como era feliz de ter você

Como pôde
Queimar nosso filme
Um longe do outro
Morrendo de tédio e de ciúmes

O que que há com nós dois amor?
Me responda depois
Me diz por onde você me prende
Por onde foge
E o que pretende de mim

 

Uma antiga manhã

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Uma antiga manhã

Palmas pra você e o seu jogo
Conseguiu vencer
E se eu confessar, me diz se vai adiantar
Imprimir as pegadas do sonho
Que era amar você e poder viver esse amor

Eu não sei dizer se eu te amo ainda…
Por que não diz você?
E se eu revelar, depois de tanto guardar
As lembranças de uma antiga manhã?
Em que eu perdi você mas eu pude te ver despertar

Virgem

Virgem

Virgem

As coisas não precisam de você
Quem disse que eu
Tinha que precisar
As luzes brilham no Vidigal
E não precisam de você
Os Dois Irmãos
Também não precisam

O Hotel Marina quando acende
Não é por nós dois
Nem lembra o nosso amor
Os inocentes do Leblon
Esses nem sabem de você
O farol da Ilha
Só gira agora

Por
Outros olhos e armadilhas
Outros olhos e armadilhas
Eu disse
Outros olhos e armadilhas
Outros olhos
E armadilhas

O Hotel Marina quando acende
Não é por nós dois
Nem lembra o nosso amor
Os inocentes do Leblon
Não sabem de você
Nem vão querer saber
E o farol da Ilha
Procura agora

Por outros olhos e armadilhas
Outros olhos e armadilhas
Eu disse outros olhos e armadilhas
Outros olhos
E armadilhas

As coisas não precisam de você

Mel da lenda

Mel da lenda

Mel da lenda

Obras, vícios podem acabar com alguém
Raios, tiros, tiras e você também
Tantos desencantos valem
Menos que os alentos que você me dá, às vezes
Fones podem não tocar
Mas neves fazem viajar
Por montes, fontes de água doce
E tudo mais que você trouxe
Pra criar a lenda
Eu não sei se você age sempre assim
Cruel assim…
Se você não quiser brincar
Depois não se arrependa
De não provar e se esbaldar
Com o mel que o amor relembra

 

Texto de Drummond

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Texto de Drummond

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Irremediáveis mortais

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Irremediáveis mortais

Os velhos vãos motivos
Mistérios há sempre de pintar
Como quem lê um livro
Com melodias por traçar

Eu só dependo de reais
Toques, anúncios, sinais
Favoráveis, fatais

Aonde você mora
Aonde você foi morar
Nem sempre dá as caras
Às vezes custa pra pintar

Nós só queremos te saldar
Dogmas, prenúncios, cristãos
Irremediáveis mortais

Dogmas, prenúncios, cristãos
Irremediáveis mortais

Retorno (Instrumental)

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Retorno (Instrumental)

Estou assim

Estou assim

Estou assim

Estou assim
Como o mar que não chega na areia
Estou assim
Com esse sangue estancado na veia
Até você me ligar

Estou assim
Como um mês que não passa do meio
Tão assim
Esperando esse amor que já veio
Até você se tocar

Fivelas, cremes, incensos
São tantos produtos
Tantas preocupações
E esses labirintos do meu coração

Mas eu sei que quero, amor
E o que você disser será aceito

Estou assim
Um talento por pouco perdido
Quase assim
Como um som que não quer ser ouvido
Até você me amar

Estou assim
Com esse cisco caído no olho
Tão assim
Uma lata vazia de molho
Até você me cansar

Cigarros, aspirinas, restos de perfume no frasco
Tantas saudades
Tantas indagações
Nesses labirintos do meu coração

Mas eu sei que quero amor
E o que você disser será aceito

 

Para um amor no recife

Para um amor no recife

Para um amor no recife

A razão porque mando um sorriso
E não corro
É que andei levando a vida
Quase morto
Quero fechar a ferida
Quero estancar o sangue
E sepultar bem longe
O que restou da camisa
Colorida que cobria minha dor
Meu amor eu não esqueço
Não se esqueça por favor
Que eu voltarei depressa
Tão logo a noite acabe
Tão logo esse tempo passe
Para beijar você

 

Fullgás

Fullgás

Fullgás

Meu mundo você é quem faz
Música, letra e dança
Tudo em você é fullgás
Tudo você é quem lança
Lança mais e mais
Só vou te contar um segredo
Não nada
Nada de mal nos alcança
Pois tendo você meu brinquedo
Nada machuca, nem cansa

Então venha me dizer
O que será
Da minha vida
Sem você

Noites de frio
Dia não há
E um mundo estranho
Pra me segurar
Então onde quer que você vá
É lá, que eu vou estar
Amor esperto
Tão bom te amar

E tudo de lindo que eu faço
Vem com você, vem feliz
Você me abre seus braços
E a gente faz um país
Você me abre seus braços
E a gente faz um país

 

Síssi

Sissi

Síssi

Sair pra ter
O que ver
Sem nem pensar
Dançar, mexer
Olhar, comer
Sem ter que ficar

E a noite
Faz-se dia (como um clarão)
No meu coração

Sorrir e crer
Que alguém vá saber
Como voa o chão
Nada a temer
Chorar, perder
Chances nascerão

E a noite
Faz-se dia (como um refrão)
No meu coração

 

Pra começar

Pra começar

Pra começar

Pra começar
Quem vai colar
Os tais caquinhos
Do velho mundo

Pátrias, Famílias, Religiões
E preconceitos
Quebrou não tem mais jeito

Agora descubra de verdade
O que você ama…
Que tudo pode ser seu

Se tudo caiu
Que tudo caia
Pois tudo raia
E o mundo pode ser seu

Pra terminar
Quem vai colar
Os tais caquinhos
Do velho mundo…

À francesa

À francesa

À francesa

Meu amor se você for embora
Sabe lá o que será de mim
Passeando pelo mundo afora
Na cidade que não tem mais fim
Ora dando fora, ora bola
Um irresponsável pobre de mim…

Se eu te peço pra ficar ou não
Meu amor eu lhe juro
Que não quero deixá-lo na mão
E nem, sozinho no escuro
Mas os momentos felizes
Não estão escondidos
Nem no passado
Nem no futuro…

Meu amor não vai haver tristeza
Nada além de fim de tarde a mais
Mas depois as luzes todas acesas
Paraísos artificiais
E se você saísse à francesa
Eu viajaria muito
Mas muito mais…