Setembro

2001

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Setembro

Setembro

Setembro

Primavera
Tudo quer se experimentar
Todas as fronteiras
Querem evaporar
Quem não se encarar com amor
Vai terminar ovelha
No bolso de um pastor

É Setembro
Tudo tenta se superar
E cheia até a beira
A vida quer jorrar
Quem não se encarar com amor
Vai fazer besteira
Na esteira do rancor

Um mundo sem fome mais
Sem opressão
Sem tráfico, sem terror
E com união

Primavera
Tudo no vermelho e sem luz
Mas se alguém pergunta
Dizemos tudo azul
Na TV alguém da Maré
Uma brasileira
Diz ser feliz e é

Um mundo sem fome mais
Sem opressão
Sem tráfico, sem terror
E com união

Dois durões (Lagoa)

Dois durões

Dois durões (Lagoa)

E eu que achei
Que o mar ia subir
E o verão repartir
O ouro do pó
E sem dó conduzir
Dois durões numa expedição
Rumo aos locais e arsenais do coração
Mas nem sinal
Só ondas brandas ventos carnaval
Se a Bahia fosse só poesia e cor
Você não teria crescido
Nem eu percebido
Que é na Lagoa que mora o amor
E eu que achei
Que o mar ia subir
E fazer uma gente teimosa se redimir

 

Alguma prova

Alguma prova

Alguma prova

Me faça uma pergunta
Que eu nunca ouvi
Que eu te dou uma resposta
Que eu não sei

Sonhei com você
Mas não vi seu rosto
Acordei com o gosto
Do que eu não provei

É só mais um dia de sol
E ninguém quer saber
Se eu tenho alguma queixa
Em todo lugar existe alguém
Querendo o que não tem
Toda hora alguém perde a cabeça
Esqueça

Me diga alguma coisa
Que eu possa amar
E guarde os espinhos
Com você

A vida pede provas
Que quem ama dá
E só meias palavras
Não vão resolver

É só mais um dia sem sal
E ninguém quer saber
Se eu tenho alguma queixa
Em todo lugar existe alguém
Sofrendo por alguém
E esse alguém também já perdeu a cabeça
Esqueça
E apareça

 

Paris-Dakar

Paris-Dakar

Paris-Dakar

Nuvens sobre o Rio de Janeiro
Ponte aérea
Luzes sob o céu de São Paulo
Alma e matéria

Coração correndo Paris-Dakar
Pelo ar
Olhos à deriva
No mar vermelho

O mundo se olhando no espelho
Começa a gritar
O mundo gira e cai de joelhos
Tentando respirar

Fé e vaidade à bordo
Desilusão
Tudo que é humano se move
Transformação

Coração correndo Paris-Dakar
Pelo ar
Olhos à deriva
No mar vermelho

O mundo olhando pras paredes
Parou de chorar
O mundo matando a sede
Vamos decolar
Pra sempre

 

No escuro

No escuro

No escuro

Se você não me quiser
Eu vou respeitar
Eu juro
Como alguém que apaga a luz
Mas tem seu altar
No escuro

E no decorrer dos meses
Já não sei mais quem eu sou
E a pessoa
Refletida
No espelho
Dos seus olhos
Por onde foi que entrou?

Mas se você não me quiser
Eu vou respeitar
No duro
Mas saiba que sou um homem só
E que o meu amor
É puro

E se você não me quiser
Eu vou respeitar
Isso é seguro
Mas um dia foi você
Que soube apontar
Um futuro pra nós

 

Me diga (Francisca)

Me diga

Me diga (Francisca)

Francisca veio lá do Norte, de onde
também vieram meus avós e pais
talvez em busca de novos horizontes
no tempo em que eu não era nem nascida

Mas se eu nasci há tanto tempo já
Que meu passado está perdido em brumas
rasteiras e fumaça, o que dizer
do dela?
Do dela tão mais distante?

Me diga, Francisca, me diga…

Francisca veio para o Sul há tempos
e já chegou sonhando em retornar
e cultivar em meio a certas brenhas
algum roçado junto à sua mãe

Ela era quase ainda uma criança
e lá ficava o mundo de verdade:
o sol a chuva a noite a festa a morte
a vida
a aguardá-la, ainda mais distante

Me diga, Francisca, me diga…

Parnaíba, Ipiranga, Rio Longá, Campo Maior…

Um certo Norte está onde ela está,
em frente à praia de Copacabana,
onde ela faz cuscuz, beiju ou peta
e seu sotaque é cada vez mais forte

Me diga, Francisca, me diga…

E ela ralha com o feirante esperto
e tem conversas com a mãe ausente
e o sabiá pousado no seu dedo
que aponta
algum lugar tão mais distante

Entre o Nordeste que deixou na infância
e o Sul que nunca pareceu real
a Francisca tem saudade de uns lugares
que passam a existir quando ela os pinta:

São mares turquesados e espumantes
em frente a uns casarões abandonados
que, não sei bem por que, nos desamparam

Me diga Francisca, me diga…

Notícias

Notícias

Notícias

Só você pode me incendiar
Pode acender a luz
Pode me ver chorar
Só você me faz tremer assim
Me mata de prazer
Sem encostar em mim

Me dê notícias desse amor
E o que ele faz pra não morrer
Se fica comigo até sempre
Ou se deixa o barco correr

Só você
Pôde me machucar
Soube me engolir
Pôde me dominar
Só você pra me trazer a paz
Eu que torci por ti
Eu que sofri por nós

Quanto mais velho o tempo é
Mais se cansa de esperar
Volta a ser só dos meus braços
E ouça o que eu não vou falar

 

Fala(não cala)

Fala(não cala)

Fala(não cala)

Sem perceber
Silêncio profundo
Pausa pra pensar
Eu quero mais
Que palavras
Soltas no ar
Cedo demais
Pra tantos mistérios
Deixa sangrar
A resposta que não quer calar

Fala
Não, não cala
Me diz o que te faz tremer
Fala
Não, não cala
Me diz o que te faz querer

Eu tentei
Um pouco de tudo
Entender com as mãos
Só me perdi
Com palavras
E revelações
Nada demais
Ninguém é perfeito
Não me cansei
Mas agora é sua vez

Fala
Não, não cala
Me diz o que te faz tremer
Fala
Não, não cala
Me diz o que te faz querer

 

Terra à vista

Terra à vista

Terra à vista

De repente me dispo
Sem recusa me lanço
Pra ganhar, pra reger
Meu cantar, meu viver
Nos abismos do mundo
Deparamos a fundo
Com as questões do saber
Como amar, como ser, como ter
Se a luz se acender agora eu posso estar perdida
Mas basta avistar alguém aqui tão escondida / conhecida
Pra retomar aquela velha estrada nova
Da minha vida

 

Notícias-remix

Notícias-remix

Notícias-remix

Só você pode me incendiar
Pode acender a luz
Pode me ver chorar
Só você me faz tremer assim
Me mata de prazer
Sem encostar em mim

Me dê notícias desse amor
E o que ele faz pra não morrer
Se fica comigo até sempre
Ou se deixa o barco correr

Só você
Pôde me machucar
Soube me engolir
Pôde me dominar
Só você pra me trazer a paz
Eu que torci por ti
Eu que sofri por nós

Quanto mais velho o tempo é
Mais se cansa de esperar
Volta a ser só dos meus braços
E ouça o que eu não vou falar

 

No escuro-remix

No escuro-remix

No escuro-remix

Se você não me quiser
Eu vou respeitar
Eu juro
Como alguém que apaga a luz
Mas tem seu altar
No escuro

E no decorrer dos meses
Já não sei mais quem eu sou
E a pessoa
Refletida
No espelho
Dos seus olhos
Por onde foi que entrou?

Mas se você não me quiser
Eu vou respeitar
No duro
Mas saiba que sou um homem só
E que o meu amor
É puro

E se você não me quiser
Eu vou respeitar
Isso é seguro
Mas um dia foi você
Que soube apontar
Um futuro pra nós

 

Setembro-remix

Setembro-remix

Setembro-remix

Primavera
Tudo quer se experimentar
Todas as fronteiras
Querem evaporar
Quem não se encarar com amor
Vai terminar ovelha
No bolso de um pastor

É Setembro
Tudo tenta se superar
E cheia até a beira
A vida quer jorrar
Quem não se encarar com amor
Vai fazer besteira
Na esteira do rancor

Um mundo sem fome mais
Sem opressão
Sem tráfico, sem terror
E com união

Primavera
Tudo no vermelho e sem luz
Mas se alguém pergunta
Dizemos tudo azul
Na TV alguém da Maré
Uma brasileira
Diz ser feliz e é

Um mundo sem fome mais
Sem opressão
Sem tráfico, sem terror
E com união