Pierrot do brasil

1998

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Pierrot

Pierrot

Pierrot

Sim, eu resolvi me ausentar
Para ocultar a minha dor
Fugi, menti
Talvez por pudor

Desde então tanta coisa aconteceu
Que eu parei pra melhor pensar:
Voltei pra te dizer o quanto eu senti
Não te beijar

E a vida segue, sempre nesse vai e vem
Que não passa das ondas do amor
Gira, roda
Como um pierrot

Eis que um dia aquela bela casa cai
E não há mais como negar:
Voltei pra te dizer que aqui no meu Brasil
Outra flor não há

Aqui: cada cidade é uma ilha, sem laços, traços, sem trilha
E o medo a nos rodear
Então: bem-vindos à minha terra feita de homens em guerra
E outros loucos pra amar

E tem sido assim, desde que o mundo é mundo
Os homens temem a paixão
Ela fere, ela mata
Tal qual um dragão

Enfrentar ainda causa tanto medo
Mas fugir é bem pior:
Voltei pra te dizer que nessa guerra
Não há vencedor

Aqui: cada cidade é um porto, disse o poeta prum broto
Que não queria arriscar
Vem, bem-vindo à minha terra, feita de homens em guerra
E um outro louco pra amar

Arquivo 2

Arquivo 2

Arquivo 2

O brilho dos faróis
Me leva àquele hotel
Como num Dali. o quarto derreteu.
4:25, sobraram os copos e eu

Eu entendi muito bem o que você disse
Não houve engano algum
Nossa, você foi tão clara
Suas palavras ainda fervem na minha mente
E seu fogo ainda queima o coração

Acreditar. não posso acreditar
Como alguém tão livre se deixa escravizar
Desistir, como se fosse só deletar

Não houve engano algum
Eu entendi muito bem o que você disse
Não houve engano algum
Absolutamente, você foi tão clara
Suas palavras ainda ardem na memória
E aquele fogo ainda queima o coração

Outro dia quente, o mar envolve sem
Apagar dos olhos o brilho de quem tem
Um arquivo do passado e a fome do que ainda vem

Olha, o que tá dito, tá dito
E o que foi feito também
Mas certas coisas
Nem as palavras podem apagar
Nem o tempo, nem o fogo, nem a fome, nem o corpo, nem a alma
Nem as ondas, nem as praias, nem o mar
Nem o mar

Deixe Estar

Deixe Estar

Deixe Estar

Deixe estar vai passar
Com sorte
Tudo, tudo vai ser breve
Essa angústia no seu peito
E no meio
Essa falta ardendo em minha pele

Porque nós dois nos cruzamos
Com pressa demais
E foi tudo intenso e veloz
Nos amamos, meu bem
Só que em pistas opostas
E tão sós

Mas deixe estar, deixe estar
Vai sarar
Com sorte
Quase sem deixar saudade
O repente de um mergulho
Bem no meio
Da represa da felicidade

Mas se você resistir
E teimar e fugir
Não se assuste se tudo enguiçar
A engrenagem do amor pode ser traiçoeira
E vingar

Na Minha Mão

Na Minha Mão

Na Minha Mão

Se você pensa que eu não sou
Aquilo tudo que sonhou
Pois saiba que dói mais em mim
Saber você tão tola assim

O fato é que eu já comecei
A olhar em outra direção
Se todo mundo é mesmo gay
O mundo está na minha mão

Coração, coragem, pra qualquer viagem, pra qualquer sermão
Não deixe as roupas que eu rasguei te encobrirem de razão

Se você pensa que eu não sei
O tanto o quanto eu te ensinei
Pois saiba que só mesmo o amor
Pra te cegar como cegou

O fato é que eu já constatei
Nem tudo é mão ou contramão
Nosso desejo não tem lei
E o resto é pura ilusão

Coração, coragem, pra qualquer viagem, pra qualquer sermão
Não deixe as roupas que eu rasguei te encobrirem de razão

E o mundo gira devagar
E eu a frente dele a mil
Um dia eu vou te reencontrar
E te explicar o que feriu

Sua (Instrumental)

Sua

Sua (Instrumental)

Uma Antiga Manhã

Uma Antiga Manhã

Uma Antiga Manhã

Palmas pra você e o seu jogo
Conseguiu vencer
E se eu confessar, me diz se vai adiantar
Imprimir as pegadas do sonho
Que era amar você e poder viver esse amor

Eu não sei dizer se eu te amo ainda…
Por que não diz você?
E se eu revelar, depois de tanto guardar
As lembranças de uma antiga manhã?
Em que eu perdi você mas eu pude te ver despertar

Leva (esse samba, esse amor)

Leva, esse samba, esse amor

Leva (esse samba, esse amor)

Leva meu sangue
Pega, faz essa O.N.G.
Mas não saia daqui

Anda
Vê se vai pela sombra
Acaba logo essa ronda
E não vá sumir

Leva meu samba
E se quiser você volta
Pra dormir aqui

Anda
Dá um jeito na casa
Deixa, não toca em nada
Não vá se perder por aí

Esse samba, esse pandeiro
Não se troca por dinheiro
Isso que você ganhou
Esse sangue, esse amor
Seja lá o que isso for

Leva meu sangue
Vai, faz cara de santa
Que eu finjo que não vi

Dança
E toca desafinado
Mas volta aqui pro meu lado
Não vai se perder ou sumir

Esse samba, esse pandeiro
Não se troca por dinheiro
Isso que você ganhou
Esse sangue, esse amor
Seja lá o que isso for

Esse samba, esse amor
Esse sangue, esse amor
Esse sangue, isso que você levou
Isso que você ganhou…
Isso que você levou…
Isso que você…

 

Pra Ver Meu Bem Corar

Prá Ver Meu Bem Corar

Pra Ver Meu Bem Corar

Quer saber o que esqueci por cá
Que me fez querer demais voltar
Pra te ver, meu bem me ver e corar?
Quer saber o que me fez retornar à luz
Para saber como andan uns
Que insistem em nos negar

Teve alguém que um belo dia me falou assim:
Amar-te-ia, eu te seguiria pro fundo da sombra azul
Veja bem, não é querendo me gabar
Mas como confiar em quem faz juras
E depois finge acordar?

Podem me pedir, me impedir, me implorar
Eu digo: a porta vai se abrir
Pra certa princesa que nunca esqueci

Portos e Vinhos

Portos e Vinhos

Portos e Vinhos

Se leve a sério ou não
Provoque mais o meu coração
Eu sei do tanto que a vida lhe fez sofrer
Mas também eu sei o quanto você fez por merecer

Abaixe a máscara, meu bem
Deixe o olhar resplandecer
A tempestade não vai volver

Você é um mistério e eu
Sua miragem a contemplar
Portos e vinhos que a vida me reservou
E um traço de tristeza que você tatuou

Abaixe a guarda meu bem
Como naquele amanhecer
A tempestade não vai volver

Algo Me Pegou

Algo Me Pegou

Algo Me Pegou

Eu não sei mais quem eu sou
E o que pretendo
Mas eu vou fundo até me descobrir
Quem será que eu vou parir
Quem vai vir…

Mas algo me pegou
Me pegou bacana
Algo me pegou
E eu não sei como chama
Algo me pegou
E acendeu a chama
Ah! Minha chama

Dias tortos, tão desiguais
Só na esperança de você surgir
Será que é ela logo ali
Já me fez sorrir…

Mas algo me pegou
Me pegou bacana
Algo me pegou
E eu bem sei como chama
Algo me pegou
E acendeu a chama
Ah! Minha chama