Lá nos primórdios

2006

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Três

Três

Três

Um
Foi grande o meu amor
Não sei o que me deu
Quem inventou fui eu
Fiz de você meu sol
Da noite primordial
E o mundo fora nós
Se resumia a tédio e pó
Quando em você
Tudo se complicou

Dois
Se você quer amar
Não basta um só amor
Não sei como explicar
Um só sempre é demais
Pra seres como nós
Sujeitos a jogar
As fichas todas de uma vez
Sem temer naufragar

Não há lugar pra lamúrias
Essas não caem
Não caem bem
Não há lugar pra calúnias
Mas por que não nos reinventar

Três
Eu quero tudo que há
O mundo e seu amor
Não quero ter que optar
Quero poder partir
Quero poder ficar
Poder fantasiar
Sem nexo e em qualquer lugar
Com seu sexo
Junto ao mar

Valeu

Valeu

Valeu

Você não compreendeu
Que debaixo desse céu
Rio, chuva, oásis, pranto
Eram pra banhar você e eu

Os rios são as veias dessa terra
E a chuva a chave da renovação
O oásis traz a fé que sinto ao vê-la
E o pranto as águas do meu coração

Joana percebeu sem mais rodeio
As outras cores entre o céu e o chão
Pensava que existisse só o vermelho
E o mundo fosse feito só de ação
(tanto mais pra dar vazão…)

Assim como as montanhas são do alto
O nosso amor chegou pra recair
Na luz, no breu, na dor, na flor, no asfalto
Em tudo que esse mundo reunir

Portanto eu criei essa ciranda
E aposto no que a vida prometeu
Na paz, na guerra ou num jogo de damas
Era pra jogar você e eu

Anna bella

Anna bella

Anna bella

Lá nos primórdios de tudo
Anna Bella me falou
Que não se pode amar sem ser amado, isso não, senhor

Isso é verdade, contudo
Perguntei a ela então
Se o que acontece não segue a regra
Será a vida em vão

Ela riu e disse é hora do salto mortal
Vital, sobre a cidade, a burrice e o mal

Eu vi no mapa do mundo
Que Anna Bella desenhou
Que a região do desejo não é exatamente a do amor

Já que é assim me pergunto
Uma coisa que pensei
Por que as mulheres também não podem ter a sua sauna gay?

Ela riu e disse é hora do salto mortal
Vital, sobre a cidade, a burrice e o mal

Nada é tão simples no mundo
E isso no fundo é melhor
Sempre é de novo a primeira vez
Que encontro o meu primeiro amor

Por tudo, Anna Bella te digo
Que bom mesmo é conhecer
Gente bacana e estimulante
Bem assim como você
Parecida com você
Igualzinha a você

Dificil

Dificil

Dificil

Eu disse não
Ela não ouvia
Mandei um sim
Logo serviu
Então pensei: ela é bela
Porque não com ela
Sexo é bom!

Mas acontece que eu
Tenho esse vício
De gente difícil no amor
Alguém lá no início
Me aplicou
E me fez louca, me fez pouca
Me fez o que sou
Difícil

Nem interessa
Se eu recomendaria
É tão depressa
Nem quero pensar
Quando a picada vem
Mas paixão e gozo
Isso vicia:
“Aí garota, eu gosto assim”
Difícil

Entre as coisas

Entre as coisas

Entre as coisas

Eu, eu vi
O futuro a se esgotar
E ela a protestar
O investimento que fez

Nenhum dos dois
Sabia como agir
Pra não deixar sumir
Os sentimentos de vez

Nem a metade dos amores são
Navegadores do imponderável
Sim, entre as coisas que você me deu
Colocou luz
Nos escuros
Meus

Céus, cadê
Não vale abandonar
Meu barco nesse mar
De mil perigos e leis

Lutar, dropar
Cair até salvar
As chamas que esse par
De mil loucuras desfez

Onde encontrar outra gente assim
Cheia de sonho e de realidade
Sim, entre as coisas que você me deu
Meio que mostrou
Minha alma
a
Deus
Adeus

Vestidinho vermelho

Vestidinho vermelho

Vestidinho vermelho

Eu tava lá, na Lôca
É, na Lôca, aquele inferninho
E todo mundo falando, falando ao mesmo tempo
E tava ficando tudo tão histérico
Mas tudo bem, eu não ligo
Eu topo todas
Mas cuidado, meu bem
porque a lua tá cheia… e minha maré também

Um vestidinho vermelho
Que botei pra você ver
Um sapatinho novinho
Que combina com você
Quinhentos graus de febre
E a maré só faz encher

Sabe
Outro dia mesmo eu ganhei na loteria
Tipo assim
Muita grana
E eu fiquei tão excitada que eu corri pra casa
E eu gritei
Hey! Tem alguém aí?
Ninguém respondeu
Mas tudo bem, tudo bem
Eu moro sozinha mesmo

Um vestidinho vermelho
Que botei pra você ver
Um sapatinho novinho
Novinho
Que combina com você
Quinhentos graus de febre
E a maré só faz crescer

Dizem que mulheres não podem ser presidentes
Porque a gente pira, a gente mente
Mas quer saber?
Cola em mim

Mas cuidado, meu bem
porque a minha maré tá cheia
E a sua vai subir também

Um vestidinho vermelho que botei pra você ver
Um sapatinho novinho, novinho
Que combina com você

Meus irmãos

Meus irmãos

Meus irmãos

Só dias seguindo
Quando é frio em meu coração
Tambores anunciando
Massacre em vão, justiça vã…

E eu, aqui latindo
Tentando ver meus irmãos
Que nunca parecem felizes
Fechados em desilusão

Os homens podem muito pouco
O tempo sempre sabe mais como agir
Tem sempre tanta coisa em jogo
Vaidade, poder, o existir

Então vou delirando
Com o dia do acerto final
Pessoas alegres, vivendo
Com chances no seu carnaval

Os homens podem muito pouco
O tempo sempre sabe mais como agir
E mesmo assim se perde um pouco:
Um sorriso, um prazer, à meia luz…

Mas eu, eu sigo latindo
Buscando um jeito de achar
Conforto, mas não só pros outros
Carinhos pra aliviar…

Os homens podem muito pouco
O tempo sempre sabe mais como agir
E a espera às vezes dura um pouco:
Um dia, um mês, um existir

 

Que ainda virão

Que ainda virão

Que ainda virão

Os passos que não dei
Ainda virão
Em outra direção
Por terras mais firmes
Mas com ocasionais
Sobressaltos do meu coração

Os monstros que venci
Aqui e ali
Chegaram a confundir
Um cara mais simples
Mas não menos febril
Quando a fonte é o amor
A arte e o Brasil

O sol brilha no azul
Que aponta novos caminhos
Quem sabe logo virão
Me achar

$ Cara

Cara

$ Cara

Jamais foi tão escuro
No país do futuro
E da televisão

E nesse labirinto
O que eu sinto eu sinto
E chamam de paixão

E me apaixonam questões ardentes
Que nem consigo assim de repente
Expor

Mas entre elas há coisas raras
Que são belezas, loucuras, taras
De amor

Há sonhos e insônias
Ozônios e Amazônias
E um novo amor no ar

Entre bilhões de humanos
E siderais enganos
Eu quero é te abraçar

Mil novecentos e não sei quanto
É fim de século e no entanto
É meu
Meu cada gesto cada segundo
Em que te amar é um claro assunto
No breu

Dura na queda

Dura na queda

Dura na queda

Perdida
Na avenida
Canta seu enredo
Fora do carnaval
Perdeu a saia
Largou o emprego
Desfila natural

Esquinas
Mil buzinas
Imagina orquestras
Samba no chafariz
Viva a folia
A dor não presta
Felicidade, sim

O sol ensolararará a estrada dela
A lua alumiará o mar
A vida é bela
O sol, estrada amarela
E as ondas, as ondas, as ondas, as ondas

Valeu – remix

Valeu – remix

Valeu – remix

Você não compreendeu
Que debaixo desse céu
Rio, chuva, oásis, pranto
Eram pra banhar você e eu

Os rios são as veias dessa terra
E a chuva a chave da renovação
O oásis traz a fé que sinto ao vê-la
E o pranto as águas do meu coração

Joana percebeu sem mais rodeio
As outras cores entre o céu e o chão
Pensava que existisse só o vermelho
E o mundo fosse feito só de ação
(tanto mais pra dar vazão…)

Assim como as montanhas são do alto
O nosso amor chegou pra recair
Na luz, no breu, na dor, na flor, no asfalto
Em tudo que esse mundo reunir

Portanto eu criei essa ciranda
E aposto no que a vida prometeu
Na paz, na guerra ou num jogo de damas
Era pra jogar você e eu

Vestidinho – remix

Vestidinho – remix

Vestidinho – remix

Eu tava lá, na Lôca
É, na Lôca, aquele inferninho
E todo mundo falando, falando ao mesmo tempo
E tava ficando tudo tão histérico
Mas tudo bem, eu não ligo
Eu topo todas
Mas cuidado, meu bem
porque a lua tá cheia… e minha maré também

Um vestidinho vermelho
Que botei pra você ver
Um sapatinho novinho
Que combina com você
Quinhentos graus de febre
E a maré só faz encher

Sabe
Outro dia mesmo eu ganhei na loteria
Tipo assim
Muita grana
E eu fiquei tão excitada que eu corri pra casa
E eu gritei
Hey! Tem alguém aí?
Ninguém respondeu
Mas tudo bem, tudo bem
Eu moro sozinha mesmo

Um vestidinho vermelho
Que botei pra você ver
Um sapatinho novinho
Novinho
Que combina com você
Quinhentos graus de febre
E a maré só faz crescer

Dizem que mulheres não podem ser presidentes
Porque a gente pira, a gente mente
Mas quer saber?
Cola em mim

Mas cuidado, meu bem
porque a minha maré tá cheia
E a sua vai subir também

Um vestidinho vermelho que botei pra você ver
Um sapatinho novinho, novinho
Que combina com você