Simples como Fogo

1979

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Solidão

Solidão

Solidão

Ai, a solidão
Vai acabar comigo
Ai, eu nem sei o que faço
Já nem sei que digo
Vivendo na esperança de encontrar
Um dia um amor sem sofrimento
Vivendo para o sonho de esperar
Alguém que ponha fim no meu tormento
Eu quero qualquer coisa verdadeira
Um amor uma saudade
Uma lágrima, um amigo
Ai, a solidão
Vai acabar comigo

 

Transas de amor

Transas de amor

Transas de amor

Mentira dizer
Que é só transar
Eu sou mais real
Com teu calor
Ah, por favor amor
Os sonhos de quem ama
Não cabem só na cama
Ninguém transa só por transar
Não é que eu faça drama

Mas não quero que alguém
Fique com mágoas pra guardar
E o que vai ser
Eu não sei dizer
Mas tente nos ser fiel
Ah, por favor amor
A vida é sempre nova
Não sei você de cor
Mas quero ver seus olhos
Sempre com essa chama de amor
Enquanto for

A vida é sempre nova
Não sei você de cor
Mas quero ver seus olhos
Sempre com essa chama de amor
Enquanto for

 

Chave do mundo

Chave do mundo

Chave do mundo

Meu amor faz coisas simples como o fogo (bis)
Faz como o fogo e de repente me chamusca
Eu o amo assim tão simples como ele não pode ser
Não sei como ele me ofusca
Ele joga quando quer
De repente eu sou seu jogo
Ele me joga quando quer
Ele joga
Eu queria ser como ele assim cruel como o mundo
E tão simples
Que o que ele sabe eu nunca aprendo
Eu podia ser mais forte se quisesse
Posso ser muito mais forte (se quisesse)
Sei ser mais forte
Meu amor não me conhece
Sei brincar com a minha sorte
Como ele não pode saber
Abro a porta para a noite
Eu também posso brilhar
Vejo já tantas promessas
Eu também posso brilhar
Brilhar
Mas a chave do mundo
É ser exatamente assim como ele cruel como o
Mundo e tão simples
Eu queria ser assim como ele cruel como o mundo
E tão simples

Tão facil

Tão facil

Tão facil

Não sei se tudo já era não sei se ainda será
Todo o futuro é mera conjectura de se amar
Foi tão fácil se acender de novo esse amor sem fim
Foi tão fácil se perder
Depois de tomar um gin
Nem precisava pressa que era fácil ser feliz
A noite era uma promessa do que a gente
Sempre quis
Mas hoje retorna o medo das loucuras da cidade
E lhe parece tão cedo para tanta liberdade
Mas o Leblon é um deserto para um coração incerto
Que mesmo em você só vê um deserto de você
Talvez seja meu destino me queimar assim de amor
Você ainda é um menino e eu não guardo rancor

 

Maneira de ser

Maneira de ser

Maneira de ser

Teria que ser com alguém que saberia
Compreender o meu temperamento esquisito
A minha maneira difícil de ser
Que quando eu chegasse cansada
De um dia de ensaio geral
Dissesse “Marina, morena, descansa
Que hoje, deixa, não faz mal.”
Sempre tentando evitar que eu esqueça
Coisas essenciais
“Meu bem vê se come direito, Marina
Pare de fumar demais.”
E pra completar o quadro
Que fosse de uma calma especial
Que nunca se abalasse com meus ataques
De angústia existencial.
Alguém com tanta boa vontade
Quem sou eu para resistir
Só peço já que eu existo
Que alguém como eu quero também possa existir

Revolta

Revolta

Revolta

Rio, um dia, um mês de 1978, meu amor
Talvez seja essa a última carta e
Eu chorei estava escrito
Como na velha canção
Já li e reli e ali
Na tua assinatura eu aprendi
O amor acaba neste quarto desatento
O destinatário sou eu e o pensamento otário
De repente se detém
No remetente estava escrito você
A carta não mente
Está certo o endereço
O fim me leva ao começo
Tão cruel chorar sobre o teu nome
É em vão o telefone chorar
Num papel tão atraente estranho na minha mão
Eu só queria saber que amor
Inconsequente pos a pena em sua mão

 

Literalmente louca

Literalmente louca

Literalmente louca

Tranqüilamente ele me olha
Como um raio estou paralisada
E é bom, que ele aqui esteja
Vento, areia, céu e mar, a natureza
Tudo isso se completa com a sua beleza
Naturalmente ele me beija
E me põe literalmente louca
Ah! Sob o sol, e esse brilho no teu dorso
Suor, cristal, gotas no seu rosto
Fogo e sal nas curvas do teu corpo
É demais!
Grito! é feitiço
Por qualquer que seja o nome
Do que tão forte por dentro me consome
Desejo
Porque me atravessa o peito um
Enorme desejo
De ter amor com você
Lentamente ele me envolve
Quando a praia está abandonada
E é bom que eu aqui esteja
Nos seus braços desvendando o
Maravilhoso segredo

 

Não há cabeça

Não há cabeça

Não há cabeça

Não há cabeça que o coração não mande
Nem há amor que o ódio não desande
Não há rancor que o perdão não esqueça
Nem humor que nunca se aborreça
Não há bebida que beba a saudade
Nem maldade que vença a maldade
Não há princípio que resista ao fim
Nem temor ou medo que resida em mim
Eu fui, eu vim, eu vou te amar vivendo
Eu fui, eu vim do desamor morrendo e essa tristeza que o
Amor me deu é a coisa mais bonita dentro do meu eu
Que bom, que bom que não nunca vai haver talvez
Pra quem tudo na vida
Sentiu, disse e fez
Prefiro ficar só com minha ilusão que matar a esperança
De amar no meu coração

 

Memória fora de hora

Memória fora de hora

Memória fora de hora

Como meu amor faz hora
Faz hora que faço amor de memória
Meu amor mora lá no Rio
Rio para o amor
Cidade entre morro e mar
E mar e morro
De saudade

Muito

Muito

Muito

Eu sempre quis muito
Mesmo que parecesse ser modesta
Juro que eu não presto
Eu sou muito louca, muito
Mas na tua presença
O meu desejo
Parece pequeno mas
Muito é muito pouco muito
Broto
Você é muito, ah!
Broto
Você é muito, muito
Eu nunca quis pouco
Falo de quantidade, intensidade
Bomba de hidrogênio
Luxo para todos
Mas eu nunca pensei
Que houvesse tanto
Coração brilhando
No peito do mundo louco
Gato,
Você é muito
Broto
Você é massa,
Massa