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Cantora gravou faixas do seu novo disco em Porto Alegre

Marina Lima esteve em Porto Alegre, entre quinta-feira e domingo, gravando músicas de seu novo CD. Mas se engana quem acha que ela se enfurnou em um estúdio frio e asséptico — Marina passou os dias trabalhando em uma sala de nove metros quadrados, de frente para uma janela que dá vista para uma rua arborizada do bairro Partenon. As gravações foram no estúdio caseiro do baixista paulista Edu Martins, que vai co-produzir o CD com Marina.

Graças à tecnologia de ponta, os dois desenvolveram a pré-produção de futuras faixas do disco (confira no quadro as etapas de criação de um disco), praticamente ultimando os arranjos definitivos. Segundo Edu, radicado em Porto Alegre há quatro anos, duas das músicas que foram trabalhadas por ele e por Marina nessas sessões poderão ser faixas-bônus do DVD que a cantora deverá lançar em breve, registrando a turnê do show Lá nos Primórdios.



Zero Hora — Como você conheceu Edu Martins?

Marina Lima – Há alguns anos, pedi a João Marcello Bôscoli a indicação de alguém que me ensinasse a usar a linguagem midi. Ele me indicou o Edu. Estudei dois meses com ele. Depois, ele foi músico no meu CD Pierrot do Brasil (1998), e depois ainda me acompanhou na turnê do CD Sissi na Sua (2000). E co-produziu comigo o CD Setembro (2001).

ZH — O trabalho de vocês neste novo CD começou quando?

Marina – Há um mês, Edu passou uns quatro dias no Rio trabalhando comigo. Agora é a minha vez de passar quatro dias aí. A ideia de fazer a pré-produção aí surgiu depois que fui ver um show do Radiohead no Rio (20 de março). Todos os integrantes do grupo, com exceção de um, moram em Oxford, interior da Inglaterra. Eles ficam lá, que nem cientistas, trabalhando com tranquilidade, concentrados. Aí, pensei: vou para Oxford, vou para Porto Alegre.

ZH — Como está sendo o processo de pré-produção?

Marina – Raramente componho apenas voz e violão, já componho com uma noção de programação de baixo, de bateria. Aí, eu mesma faço os rascunhos de arranjos Então, mostro para o produtor, e a gente começa a colocar aquilo em uma forma mais profissional. Alguns arranjos vão valer, outras serão refeitos.

ZH — O disco já tem nome? Quantas canções?

Marina – Prefiro não revelar o nome. Já tenho oito canções compostas por mim, só uma em parceria. Vou adiantar uma coisa: a única parceria é com a Adriana Calcanhotto. É uma canção com guitarra, acho que é um rock, na levada de Pierrot do Brasil.

ZH — Como será o novo disco?

Marina – O repertório do CD Lá nos Primórdios (2006) eu compus todo no teclado. Mas esse é mais guitarrístico. Não que seja pesado, mas é mais cru, é meu lado mais Radiohead. Acho que não fiz nada assim ainda. Tem um pouco de Pierrot do Brasil, um pouco de Lá nos Primórdios, um pouco de O Chamado (1993). deverá ter umas duas músicas em inglês. Nos meus shows, tenho cantado You’re my Thrill, sucesso da Billie Holiday. E isso me provocou a voltar a compor em inglês.

ZH — Passaste muitos anos nos Estados Unidos, não?

Marina – Dos cinco aos 12 anos, e dos 16 para os 17 anos. Tive muita sorte nisso. Adivinha o que eu ouvia no rádio durante a minha infância? O rock inglês, Stevie Wonder, Motown, além de João e Astrid Gilberto e Tom Jobim. Era o estouro da bossa nova por lá. Quando voltei ao Brasil, o que me aproximou da música brasileira foram Gal Costa, Wally Salomão, Duda Machado, Macalé, Lenny Gordon, Novos Baianos.

ZH — Em novembro, a sua declaração à revista Joyce Pascowitch de que tinha transado com Gal Costa quando tinha 17 anos causou discussão. Você chegou até a postar em seu site uma resposta a toda a polêmica (confira em www.marinalima.com.br/blog). Como você avalia esse incidente?

Marina – A matéria que saiu na Joyce é realmente o que eu disse para ela. O problema é o que fizeram depois com aquela declaração. (…) Com a internet, isso tudo piorou. Quando havia só a imprensa escrita, havia uma certa cerimônia. Na internet, não se aprofunda nada, tudo é assunto e é consumido a mil por hora.

ZH — Mas você fez da internet um ótimo veículo, com seu site…

Marina – Aconteceu uma coisa bem chata. No começo, meu blog era aberto a comentários. Mas muita gente louca começou a usar os comentários do blog para me ameaçar. Fiquei agoniada e travei. Decidi fechar os comentários. Talvez eu libere de novo, mas vou dar um tempo para esses fanáticos pararem.



Fonte : www.zerohora.com.br

jorge luis borges

 

 

Nuvens

 

Não haverá uma só coisa que não seja

uma nuvem. São assim as catedrais

de vasta pedra e bíblicos cristais

que o tempo arruma. Refletido

no espelho teu rosto é desconhecido,

e o dia é um duvidoso labirinto.

Somos os que se vão. A numerosa

nuvem que dissipa no poente

é a nossa imagem. Incessantemente

a rosa se transforma em outra rosa.

És nuvem, és oceano, és olvido.

E és também o que terás perdido.

Radiohead

Not much to say: RADIOHEAD IS THE BEST BAND EVER--

along with THE BEATLES AND NIRVANA.

uma música p/ vcs: Knives Out.


Marina

Marina Lima prepara novo CD com duas músicas em inglês

Prestes a lançar um novo CD, Marina Lima faz em São Paulo, nesta segunda-feira, um quase pocket show. Sua apresentação será no Glória, casa que funciona como uma boate nos finais de semana e comporta pouco mais de uma centena de espectadores.

Do Rio de Janeiro, onde mora, a cantora conversou com a Webradiofm por telefone. Falou sobre o que atrasa a música brasileira, como nasceu a vontade de compor em inglês e adiantou o nome de duas canções do próximo álbum. Para Marina, essa é a hora de passar o trabalho a limpo.

WEBRADIOFM: O show que vai acontecer em São Paulo tem chance de permanecer numa temporada?

MARINA LIMA: Eventualmente, sim. Posso até fazer um ou outro show, alguma coisa avulsa. Estou mais ligada no novo disco, que já tem as músicas prontas, estou com vontade de gravar logo. Mas já estive no Glória, tocando numa festa do Alexandre Herchcovitch, a casa é linda, estou looking foward.

WEBRADIOFM: É verdade que você fez um curso do software Ableton, que serve para apresentações como DJ?

MARINA: Não, nunca fiz. O que já fiz em 98 foi um curso de MIDI, que é sobre linguagem de música entre computadores. E desde então fiquei plugada nisso. Se você é um artista de trabalho solo ganha uma autonomia enorme, pode ficar como um cientista… Isso não quer dizer necessariamente que seja para produzir música de pista, mas que as minhas produções ficam mais com os timbres de hoje.

WEBRADIOFM: Você concorda que é dessa forma que a música brasileira avança ao invés de ficar tanto nas mãos de quem só regrava sambas?

MARINA: Sim, acho completamente isso. Essa coisa de resgate por um lado é bacana porque o Brasil é um país enorme, mas, às vezes, vira um lixo, fica estacionado, um eterno retorno. É comum, ciclicamente, olhar para trás, mas no Brasil parece um pouco de preguiça, que não querem introduzir nada. É uma coisa saudosista chata e eu não sou saudosista, eu sou ligada no hoje. Não tem sentido revisitar uma coisa que já foi feita por várias pessoas, fica cansativo. Não pode ter preguiça de reinventar ou você condena as pessoas mais jovens a só ficar olhando acervo, acervo…

WEBRADIOFM: Entre as bandas que estão aí dá para citar o Radiohead como um grupo de que você gosta, certo? Você vai aos shows?

MARINA: Sim. Radiohead é o que há! Sabe que um dos guitarristas já veio algumas vezes ao Brasil e tinha reparado que, volta e meia, há coisas de harmonia que parecem Chico Buarque? Como é que eles conhecem isso? Eles misturam tudo. Usam a eletrônica, acordes do estilo dos ingleses e reinventam muito, acho maravilhoso…

WEBRADIOFM: Fazendo uma comparação com você, o Radiohead tem a canção Creep, que eles não tocam mais de jeito nenhum, mas você, no entanto, não tem problema em cantar faixas de mais de dez anos. Há algo que você não põe no repertório?

MARINA: Não. Primeiro é que no Brasil, diferente da Europa, não há tanta gente com grana. Então, fora do eixo Rio-São Paulo é complicado você não cantar Fullgas, por exemplo, porque as pessoas que não veem os shows com frequência pagam por isso, se sentem sacaneadas se não canto… Eu entendo isso. O que faço é dar outra roupagem sem descaracterizar a canção. Preparo outras molduras em que me sinta confortável também, não quero fazer o “recordar é viver”. Até porque alguns arranjos ficaram realmente datados. Vou variando, toco uma ou duas mais antigas e outras mais novas. E penso que se o artista quer as pessoas vendo o que ele faz é preciso também dar às pessoas o que elas querem ouvir também.

WEBRADIOFM: Você tem planos para compor em inglês?

MARINA: Engraçado você perguntar, comecei a cantar Billie Holiday nos últimos shows (a canção You´re My Thrill) e isso me jogou para um universo da minha adolescência, quando morei nos EUA e comecei a compor em inglês. O CD novo deve ter duas canções em inglês e talvez até grave You´re My Thrill. Uma delas acho uma mistura de Radiohead com Nirvana, chama-se Keep Walkin´, outra começa em português e termina em inglês, deve chamar De Todas Que Vivi. Só mostrei, por enquanto, para o Edu Martins, que está produzindo comigo.

WEBRADIOFM: E como está a vida no Rio de Janeiro com o novo prefeito, o Eduardo Paes?

MARINA: Votei no Gabeira e seria um sonho realizado se ele tivesse vencido, mas a autoestima da cidade melhorou muito. Ele é um carioca que quer muito bem ao Rio. Tem o apoio do Sergio Cabral (governador) e do Lula, então a cidade não fica segmentada, porque um não fica com raiva do outro, com políticos trabalhando de maneira individual. Eu fico feliz, porque afinal moro aqui. Mas não tenho essa coisa de cidade, acho que o Brasil é todo meu também. Por acaso, nasci aqui e tenho minha mãe de quem quero ficar perto. Como o João Gilberto disse: “O Rio de Janeiro é dos brasileiros”… É importante que esteja bem.

Fonte: Webradio FM

sem título

 

                                                                                                                                        

 

 

 

 

 

 

                                                                                               

 

 

 

                                                   do lado       dddd                                               

                                                                                                                                                                                    

                                                            

 àl                                                

 

                                            dddd                                                                                                      

                                             

                                                                                                                                

                                                                                                                                                               lá

 

 

 

 

                                                                    

 

 

 

 

 

                           Nada faz sentido.

 

 

 

 

Mix Brasil – Blog do André Fisher

Acontecimentos

Estou chegando do show da Marina no Gloria, preciso escrever para poder dormir. Show histórico, só com hits de todas as fases. E faltaram alguns. Umas 250 pessoas, todas muito próximas dela, literalmente. Ela falava o tempo todo, se abria muito.

Acho que, mesmo guardadas as devidas proporções, foi um show que me emocionou mais que o de Madonna. Ao contrário d´A artista, Marina já teve altos e baixos. E essa foi uma noite lá em cima.
Boa parte do público sentado em almofadões no chão do clube, todo mundo muito junto. Afinal de contas tínhamos todos uma coisa em comum: fãs de Marina.
Lindo demais vê-la encontrando arranjos adequados a sua voz e ver que a voz cresceu. E cantar junto com todo mundo (quase) todas as músicas. O astral foi num crescendo a ponto do público ficar em pé e Vanessa e Carlinha assumirem o palco e microfone do segundo bis – provocado pelo público que começou a cantar Uma Noite e Meia depois da segunda saída do palco (instalado na pista do Gloria).

Na hora que foi puxar uma menina da platéia para dançar com ela, a mina amarelou. Até Marina, no seio de seus fãs, pode ser rejeitada. Um alívio para todos que têm sua auto-estima testada constantemente….
Não levei câmera , pra variar, mas todos os sites de celebridades estavam lá e os amigos que estavam equipados devem postar no Facebook as versões afetivas da noite.
Depois, no camarim improvisado no mezzanino, ela disse que quer fazer outro lá. Se der, uma vez por mês. Tomara.
*
Aliás, São Paulo é foda mesmo. Em plena segunda um show fervido e no caminho de volta, vários lugares abertos e cheios….

Fonte: www.mixbrasil.com.br

E-mail recebido pelo contato

Nos foi enviado esse email de uma pessoa que esteve no show do Gloria…
Foi enviado para o contato do site e resolvemos publicar.

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Boa noite.
Estive no Clube Glória, e escrevi um texto que descreve o show da minha forma.
Pensei em compartilhá-lo.

Marina e Trio em Concerto
16/03/2009

Vou sozinha, ansiosa e segura. Subo as escadas e aguardo uns instantes junto ao bar.
Respiro e entro abrindo as pesadas portas que levam ao salão.
São onze horas e não há mais lugares para sentar. O chão está coberto por tapetes e almofadas, todos estão esparramados de onde estou até o palco a minha frente. Resolvo ali mesmo ficar, pois a visão do palco é ótima.
Marina chega,e como de costume quase não deixa rastros, passa rapidamente em direção ao palco e sobe a escada que leva ao camarote.
O show de Clara Moreno é curto, talvez para que Marina não aguarde muito para iniciar o seu.
Finalmente as cortinas se abrem para Marina e seu trio, linda como só ela sabe ser, sem clichês, sem frescuras. Está mais magra e mais bela também.
Inicia seu show e logo declara estar muito a vontade, “como em um clube em NY, intimista”, e entre uma música e outra tem sempre algo a dizer, o que é incomum tratando-se de Marina.
O tempo todo brincando com o público, agradece por ter sido convidada para cantar num lugar tão bacana e em outro momento elogia sua própria roupa, fazendo até propaganda da loja que a produziu.
Estou deliciada com a interminável sequência de momentos “nada Marina” que presencio.
Ela provoca o público, faz charme, e só faz o que quer.
Ao falar, sempre anda pelo palco, como em reflexão, e inicia as falas como num monólogo, e em seguida nos inclui em seu universo.
Conta que seus pais são do Piauí, que nasceu no Rio, mas que sempre sentiu algo especial em São Paulo, dizendo que somos nós os paulistas que seguramos suas barras.
O público é especial, receptivo, sem excessos, interativo, sem roubar seu show.
Na música Anna Bella, uma das garotas a sua frente tira a blusa, fica em pé, e dança semi nua no meio a todos os olhares, divertida, sua dança termina a tempo de não se tornar excessiva. Será que Marina conseguiu ver tal cena, estando seus olhos cegos pelas luzes ?
Vez por outra repete o quanto está feliz, e diz não entender porque as pessoas criam tantos dramas, complicando tudo.
Defende a importância de uma sauna feminina, gay ou não. Diz que os homens são mais reais em seus relacionamentos, pois podem fantasiar e ter relações por puro prazer, e as mulheres, por falta da mesma abertura, acabam “jogando” tudo nos relacionamentos, fantasias, desejos e frustrações.

Confessa ter sido contratada para um show de uma hora, mas achava pouco, então o público a encoraja, e ela declara que então aquele era um problema a menos naquela noite.
Faz observações sobre sua forma de lidar com seu técnico e músicos, evidenciando sua seriedade e respeito com seu trabalho e público.
Antes de dar início a mais uma música, faz certo suspense e diz que irá chamar alguém para dançar com ela, e por tres vezes pede que a pessoa não recuse seu chamado, todos concordam. Começa a cantar o Hotel Marina, e todos acompanham, no aguardo da surpresa. Chegado o momento algumas mulheres tentam se oferecer em vão, mas ela escolhe alguém bem a sua frente. “Não acredito, ela não vai!”, pnsei. Marina sentindo a recusa solta a mão, dá um passo atrás e diz : “Vocês não sabem como isto mexe comigo !”. Nesse instante, do lado direito, uma garota pisa o palco e abraça-a para dançar, por um minuto elas dançam, depois se afastam, e antes que a garota deixe o palco, Marina dá um beijo em seu rosto e a chama de “minha heroína”.
A música está chegando ao fim, Marina coloca-se diante do seu “desafeto”, estende suas mãos em direção à garota e diz a última frase da música : “as coisas não precisam de você”. Ouve-se quase que uma vaia, era mais como que um desafio. Marina verbaliza não entender como ter vergonha ali, onde todos estão acolhedores, despretensiosos. A tal garota não se contém, sobe ao palco, dá um grande abraço em Marina e diz coisas ao seu ouvido. Imagino que ela disse algo muito especial, pois Marina agradece e diz que encheu sua bola.
Aqui faço uma observação que nem todos notaram : Hercovitch estava o tempo todo em pé, ao lado direito do palco, perto das caixas de som, fixos aos movimentos da sua diva, porém com surpresa o vi sentar-se discretamente ao ouvir Marina anunciar que chamaria alguém para dançar. Será ele tímido, ou não gosta de dançar ?
Ao cantar o que seria a última música, a garota do strip acompanhada de outra, sobem ao palco e começam a dançar em torno de Marina, os seguranças aproximam-se, mas tudo fica erfeito e a dança continua, por fim apenas uma permanece, Marina afasta-se aos poucos do microfone, deixa o lugar central para que a garota de vermelha faça suas evoluções, até que ela se apossa do microfone, terminando a música com uma voz que surpreende a platéia.
Marina retira-se do palco em direção ao camarote. A platéia, aos poucos, começa a cantar”Uma noite e 1/2″ ( se não estou enganada ), fica lindo, ela volta e junta-se a nós, sendo este o final.
Muitas outras coisas rolaram, poderia me alongar bastante, vi neste show a Marina que sempre enxerguei, mas que nem sempre vem a tona, pois sua exigência é seu próprio algoz.
Fico feliz, pois após esperar por 3 anos, pude dizer a ela, após o show, que eu sentia muito pelos emails do passado e agora sinto-me leve, pois não gosto que fiquem com o meu pior.
Parabéns Marina.

Mônica

Marina Lima se solta em show intimista no clube paulistano Glória em plena segundona

A cantora Marina Lima reuniu amantes do pop brasileiro na noita desta segunda, 16, em show no clube paulistano Glória. Depois de um tempo afastada dos palcos, Marina apresentou sua Topo Todas Tour. O clima intimista foi garantido pelos tapetes, almofadas e mesinhas dispostas em parte da pista, que serviu como uma extensão dos sofás do clube. Se por um lado a ideia serviu permitir uma maior cumplicidade com a estrela, obrigou quem chegou mais tarde a ficar espremido nas partes destinadas à circulação. Na plateia, muita gente querendo reviver um pouco dos anos 80 e 90. Meninas bem animadas e vários casaizinhos.

Depois da apresentação cheia de brasilidade de Clara Moreno, Marina entrou no palco envolvida na atmosfera de proximidade com o público. “Boa noite, semelhantes! E olha que isso aqui não é nem uma Parada Gay.” Já na primeira canção, Marina se mostrou à vontade, confessando que um lugar como aquele era onde sempre sonhara se apresentar.

Só não perdoa quando leva um toco ao convidar uma moça da plateia para uma dança. “Isso sempre acontece comigo. Minha vida é um inferno!”.  E quando esquece parte da letra de uma música, aproveita para perguntar: “Porque as mulheres não tem uma sauna gay? Nem precisava ser uma sauna gay, mas um lugar onde elas fossem lá e se resolvessem, como os homens fazem tão facilmente. Eles não tem toda essa carência”.

No set list, clássicos como “Ainda É Cedo”, do Legião Urbana. Vieram também várias do álbum “Lá nos Primórdios”, de 2006, o primeiro de inéditas lançado em anos. Músicas como “Três, “Meus Irmãos e “Difícil” mostram que nem só do passado vive a cantora. Ao mesmo tempo, Marina mostrou que águas passadas podem mover moinho ao fazer todo mundo esquecer das almofadas para dançar “Fullgás” e “À Francesa”. Teve até quem tirasse a blusa e dançasse no palco só de sutiã. O bis trouxe “Me Chama” e “Uma Noite e Meia”.

Por Irving Alves

Fonte: www.mixbrasil.com.br

Aretha

Ladies And Gentlemen:

The one and only Aretha Franklin, singing I Never Loved A Man (The Way I Love You).


Marina

Revista VOGUE

Marina

17/03 por Redação

“É o melhor lugar pra cantar. Não que eu não goste do Baretto”, soltou Marina Lima, lá pelas tantas, animada com a cena à sua frente. Na pista do Clube Glória, em São Paulo, o ícone 80′s desafiou a turma que gritava “Fullgás” e seguiu dividindo seu repertório entre novas canções, experimentações e hits, aqui e ali, que levavam os hipsters da paulicéia ao delírio. “Virgem” foi êxtase geral. Flûtes de champagne depois e a transex Bubalina ficou só de soutien para animar a turma e reverenciar a diva… Em “À Francesa”, a turma toda levantou e fez a pistinha do Glória mais familiar. Mais tarde, Vanessa Montoro, vocalista da banda Alloyha Copacabana, tomou o microfone para entoar “Fullgás” ao lado de uma já entregue Marina, feliz da vida com a bagunça cool. “Vocês são minha praia”, seduziu.

Mais que pop, Marina, a figura, é cult. Brada pelas saunas gay femininas, brinca com sua sexualidade e veste D’Arouche. Tudo certo. Reclama um pouco, lamenta um tanto. Alguns entendem, outros riem, as moças que gostam de moças gritam “linda”… Para além da boa música que fez nos 80′s, para além de boas novidades como “3″, para além da chata fase eletrônica, Marina é um statement.

RG flagrou a coisa toda, abrilhantada pelos convidados de André Hidalgo, num memorável show apoiado pela Von Zipper. Marina saiu dali feliz, “à vontade como fazia tempo”. Bom pra ela, bom pra nós.

Fonte: http://rgvogue.ig.com.br/